Graças a ferramentas como o Twitter e toda a parafernalha da web 2.0, todo mundo agora tem opinião e voz. Some-se a isso a era do politicamente correto e o pseudomoralismo e temos um balde de hipocrisia.
Tomemos como exemplo Os Trapalhões: grande sucesso de audiência e era considerado engraçado de verdade! E ainda o é, de fato. No entanto, é um humor estereotípico e preconceituoso. O negro bêbado, o playboy com trejeitos homossexuais, o caipira ingênuo e o nordestino malandro. Hoje já não se faz humor desse jeito, o que significa, é óbvio, que não temos mais esse tipo de preconceito no país.
Um parêntese: piada de loira ainda pode – v. Zorra Total.
Aí, no meio desse angu, o Rafinha Bastos vem e faz piada com estupro. Pronto: foi crucificado, morto e sepultado. A mesma coisa com o Von Trier, que disse que gosta do nazismo. Não quero dizer que defendo a ideia deles; estou aqui defendendo o direito de eles exporem o que quer que pensem. Matar judeus é crime, discordar deles não é pecado. Discordo completamente do Bolsonaro e da Igreja Católica, mas defendo o direito de eles falarem o que quiserem.
A não ser, evidentemente, que alteremos as leis – para “todos devemos concordar com a opinião do monarca”, por exemplo. Enquanto isso não acontece, todas as opiniões deverão ser ouvidas e a da maioria acatada, se é que entendi o que é democracia.
Um comentário:
@PiadasNerds
"Posso não rir com a piada que contas, mas defenderei até a morte teu direito de contá-la" - Voltaire atualizado.
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